ROTEIRO PELAS CIDADES HISTÓRICAS DE MINAS GERAIS

 Maria Fumaça em Tiradentes

O desejo de percorrer a famosa Estrada Real nos fez planejar essa viagem. A Estrada Real é considerada a maior rota turística do país com 1630 km que passam por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Foi por volta do século 18, que a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro, derivando daí o seu nome. Em nossas pesquisas, verificamos que existem 4 roteiros diferentes: O Caminho dos Diamantes, o Caminho Velho e o Caminho Novo e ainda um quarto chamado de Sabarabuçu, caminho alternativo para chegar a Ouro Preto.

O Caminho dos Diamantes foi criado para interligar Ouro Preto a Diamantina, a principal cidade de exploração dos diamantes. São ao todo 395 km passando pela Serra do Espinhaço, local com belas paisagens, mas com 70%  do percurso em estrada de chão. O Caminho Velho foi o primeiro caminho criado pela Coroa Portuguesa entre Ouro Preto e Paraty, possui 710 km, sendo 80% em estrada de chão. O Caminho Novo foi criado como alternativa para fugir de ladrões que atacavam as caravanas até o Porto do Rio de Janeiro, possui 515 km sendo 63% em estrada de chão. No site do Instituto Estrada Real é possível fazer download de mapas e dicas para os aventureiros. Também é possível fazer o cadastro para obter o passaporte Estrada Real que deve ser carimbado em algumas cidades para serem validados. Apesar do nosso interesse em conhecer ao menos um dos caminhos, decidimos conhecer apenas algumas cidades históricas, optando por dirigir apenas em estradas asfaltadas, por que o nosso carro não era 4x4 e também devido ao exíguo tempo que tínhamos para fazer essa expedição, que demanda aos menos 15 a 20 dias. Resolvemos deixar para outra oportunidade.

Escolhemos então, a partir de Belo Horizonte irmos a Brumadinho, diga-se Instituto Inhotim, Tiradentes, São João Del Rey, Congonhas, Ouro Preto e Mariana. O que durou uma semana e nos rendeu lindas fotos e recordações.

Planejamento: Após várias pesquisas em sites e blogs de viagem, fizemos um roteiro e submetemos à apreciação do nosso grupo para decidirmos os passeios que faríamos. Com a anuência de todos passamos a comprar as passagens e reservar hotéis e passeios.

 

Documentação: Não houve exigência de Carteira de Vacinação, nem teste negativo de Covid. 

Hospedagem: Em Belo Horizonte ficamos hospedados em casa parentes, reservamos hotéis em Tiradentes e Ouro Preto para aproveitar melhor essas duas cidades.

Transportes: Utilizamos o carro da nossa sobrinha que mora em Belo Horizonte.

Clima: Sempre consultamos o site Climatempo para planejar a melhor época para ir e o que levar. O melhor período para passear pela Estrada Real é o da seca que se estende de abril a setembro, escolhemos então, o começo do mês de agosto.

 

Cuidados necessários: Em tempos de pandemia é importante manter a vacinação em dia e carregar muitas máscaras para ir trocando no caminho. É importante fazer uma mala bem resumida para não carregar excessos desnecessários. Roupas esportivas e confortáveis não devem faltar, chapéus, protetor solar e repelentes. A câmara fotográfica na minha opinião é item obrigatório também. Boa viagem 

Eis o nosso roteiro dia a dia:

1 dia - Brasília/Belo Horizonte - Chegamos em Belo Horizonte ainda pela manhã e fomos recepcionados no aeroporto pelos nossos parentes que residem na capital mineira. Passamos a tarde descansando e a jantamos por ali mesmo, planejando o dia seguinte.

Instituto Inhotim

2 dia - Belo Horionte/Brumadinho (60 km ou 1 h) Seguimos cedo para Brumadinho, para visitarmos o Instituto Inhotim.  O instituto é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e é considerado o maior museu a céu aberto do mundo. É importante verificar no site os dias e horários que estarão funcionando. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria na entrada do parque ou no site. Como o parque é imenso é interessante alugar o carrinho elétrico, que são gratuitos para quem tem dificuldade de locomoção com direito a um acompanhante. É possível reservar um traslado a partir de Belo Horizonte para quem está sem veículo ou prefere não dirigir. O parque tem muitos espaços para sentar e descansar, sendo possível fazer um piquenique. Mas nós preferimos almoçar em um restaurante rural na saída da cidade. Após isso, fomos para Tiradentes. Como chegamos bem tarde, fomos direto para o Hotel Toro Real, local simples, mas localizado a apenas duas quadras do centro de Tiradentes. Dá pra fazer tudo a pé. Após o check in fomos jantar no Jantar Restaurante Mandalum. Excelente.                                                                         

  3 dia - Brumadinho/Tiradentes

Trem entre Tiradentes e São João Del Rey

  (200 km ou 3h 18 min). Logo cedo fomos fazer o passeio de Maria Fumaça para São João Del Rey.  Reservamos os ingressos na empresa Buson, basta acessar o site preencher alguns dados e pagar com o cartão. No local há vendas de ingressos, mas nos dias mais concorridos há risco de não conseguir vagas. A chegada da Maria Fumaça é um acontecimento, com turistas tirando fotos e fazendo filmagens para não perder nenhum detalhe. O caminho  até São João Del Rey é curto, possui apenas 12 km e dura cerca de meia hora, mas é um dos passeios mais procurados em Tiradentes. A estrada de ferro foi inaugurada por Dom Pedro II em 1881 e tem capacidade para 250 passageiros. Chegando em São João, contratamos um passeio de van para conhecer algumas das atrações locais, entre as quais a Igreja de São Francisco de Assis que é considerada uma das mais bonitas. Passamos rapidamente ainda pelas igrejas de Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Pillar e Nossa Senhora do Carmo. Infelizmente, não deu para conhecer mais nada, pois teríamos que retornar na Maria Fumaça para Tiradentes. Tivemos apenas duas horas e meia para fazer esse tour. Foi bem corrido. De volta a Tiradentes, fomos conhecer o Chafariz de São José, construído em meados do século XVIII, que servia para o fornecimento de água aos moradores locais. Fomos conhecer ainda outras igrejas interessantes como a de São Francisco de Paula, a de Nossa Senhora das Mercês e a de São João Evangelista e terminamos no Santuário da Santíssima Trindade. Este caminho é chamado de Rota das Igrejas de Tiradentes. Fomos jantar no Restaurante Templário situado também no centrinho de Tiradentes. Excelente. 

4 dia - Tiradentes/Congonhas (118 km ou 2 horas) Seguimos para Congonhas, que pede apenas aquela paradinha de poucas horas. Fomos direto conhecer a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinho, considerado pela Unesco como Patrimônio Mundial.

Basílica do Senhor Bom Jesus do Matosinho

Os doze profetas esculpidos em tamanho real estão entre as obras primas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.  A obra do Santuário data da segunda metade do século XVIII e é composta pela Igreja do Bom Jesus de Congonhas, as 12 esculturas de Aleijadinho e seis capelas que retratam os Passos da Paixão de Cristo. Dentro das capelas, estão mais de sessenta esculturas em madeira do grande artista barroco que descrevem os momentos finais de Jesus. Almoçamos em Congonhas num pequeno restaurante familiar chamado Malagueta, simples. No fim do dia chegamos a Ouro Preto (1 hora ou 53 km) e fomos fazer o check in no Hotel Inconfidência Mineira. É mais uma pousada em uma ladeira bem íngreme, difícil de localizar. Fomos jantar no famoso O Passo Pizza Jazz, situado em um antigo casarão que foi transformado em restaurante. Excelente atendimento e com pizzas deliciosas.

Vista do Mirante em Ouro Preto

5 dia - Contratamos um city tour na Agência de Turismo Trio Mineiro, em uma jardineira de 1963, o roteiro incluía a Igreja de São Francisco de Assis, considerada uma das obras mais lindas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Em seguida o Largo do Coimbra, Praça Tiradentes, Igreja Nossa Senhora do Pilar, Igreja de Santa Efigênia, centro histórico de Ouro Preto, uma mina de ouro e uma parada no mirante para fotos. Paramos para almoçar em uma ladeira no Restaurante Tiradentes, comida simples por quilo. Em seguida, visitamos a feira  de artesanatos no Largo de Coimbra, onde se encontram inúmeros produtos esculpidos em pedra-sabão, que são verdadeiras obras de arte. Enfim, retornamos ao nosso hotel para descansar um pouco. A noite, saímos para jantar no Tropea Cantina, restaurante com uma vista linda da cidade de Ouro Preto. O jantar é delicioso, o melhor da cozinha italiana e vale muito a pena. Fomos seguindo indicação de um amigo da minha sobrinha e não arrependemos.

Vista da cidade de Mariana

6 dia - Ouro Preto/Mariana ( 14 km ou 20 min) Seguimos para visitar a antiga capital de Minas Gerais, Mariana, começando nosso passeio pela Igreja de São Francisco de Assis e, ainda na mesma praça, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo que estava fechada e não pudemos entrar. A Praça Minas Gerais ainda guarda um antigo pelourinho, onde se respira a história colonial do Brasil. Seguimos para Belo Horizonte ( 2 horas ou 114 km. 

 

Igreja da Pampulha

7 dia - Enfim, depois de tanta correria, retornamos a Belo Horizonte. Fizemos um passeio pela orla da Pampulha para tirar lindas fotos. Fomos ao Mercado Municipal para experimentar o delicioso jiló com fígado, tradicional prato de boteco mineiro. E visitamos o Museu da História da Inquisição do Brasil. Enfim, retornamos a Brasília.  

 

 

Obs: As fotos utilizadas são de autoria própria.

PASSEANDO DE BALÃO NA CHAPADA DOS VEADEIROS

 Porta de entrada Chapada dos Veadeiros

Nesses dois últimos anos, devido a pandemia tivemos que adiar vários planos de viagem, não só por questões legais, mas também pelo fechamento de vários locais turísticos. Considerando ainda que eu e meu marido não somos tão jovens, resolvemos ficar em nossa casa, um pouco mais afastados, aguardando a vacinação. Já vacinados, inclusive com a terceira dose, resolvemos fazer um passeio que estávamos programando a algum tempo: voar de balão na Chapada dos Veadeiros. Nossos companheiros de viagem toparam na hora e ainda conseguimos mais adeptos para essa aventura. Ao todo fomos oito pessoas, lotação completa do balão. No começo do ano, já havíamos ganhado de presente o passeio  de balão e ficamos aguardando o momento mais adequado de viajar. Decidimos unir o útil ao agradável e agendamos para o dia do meu aniversário.

 

Planejamento: Após pesquisa em alguns blogs de viagem, fizemos uma reunião com o grupo para decidirmos os passeios que faríamos. Decidimos, então, acrescentar alguns dias em nosso roteiro para aproveitar a viagem e conhecer algumas atrações locais. 

Documentação: Não houve exigência de Carteira de Vacinação, nem teste negativo de Covid. 

A turma no balão e o nosso piloto Hospedagem: Na cidade de Alto Paraíso existem inúmeras pousadas populares e as de charme, um pouco mais caras. Consultando o site Booking, encontramos uma pousada com apenas 4 quartos que consideramos o ideal para nosso grupo e não teríamos que compartilhar com outros hóspedes. Entramos em contato com a proprietária e ela nos recomendou que fizéssemos a reserva por meio do site Bukly Reservation System. Reservamos a Boutique House Casa Jardim, trata-se de um conceito de hospedagem diferenciada com direito a uma funcionária para nos auxiliar durante toda a estadia. Os quartos possuem varandas com rede, sala de estar com lareira e uma varanda maior para o fim da tarde. Um dos quartos com hidromassagem e um excelente café da manhã. Transportes: Utilizamos nossos próprios veículos.

Clima: Visitando o site do Climatempo verificamos que a previsão era de muita chuva no período escolhido. Importante ressaltar que em época de chuva alguns locais na Chapada são fechados para turismo devido ao risco de tromba d´água. Por sinal muito perigoso, já tivemos casos de vários acidentes fatais, inclusive de grupos de escoteiros.    

Cuidados necessários: o principal acessório para esse tipo de viagem é um tênis confortável. Mas também é preciso levar protetor solar, bonés, repelente, roupas de banho, uma mochila para trilha, casaco impermeável. E se possível uma sapatilha para cachoeiras, porque podem ter pedras pontiagudas ou escorregadias. E claro, câmeras fotográficas, se tiver a subaquática melhor ainda. Leve uma mochila sempre preparada, porque a qualquer momento você pode se deparar com um riacho ou cachoeira, lembre-se de água e lanches. E também não esqueça de recolher seu lixo.

 

Informações gerais: 

Passeio de balão imperdível

Localizada em Goiás, a 230 km de Brasília, a Chapada dos Veadeiros é um destino muito popular entre os amantes do ecoturismo. É possível visitar cachoeiras, fazer trilhas, balonismo, rapel, tirolesa, basta ter disposição para andar e recursos financeiros para pagar os ingressos das atrações. É uma unidade de conservação e proteção à natureza, considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. O aeroporto mais perto é o de Brasília e o acesso é feito pela BR-020. Um dos cuidados é ficar atento para manter o carro sempre com o tanque cheio, porque a região conta com poucos postos de gasolina.

 

 

As principais atrações são: o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o Vale da Lua, o povoado de São Jorge, várias cachoeiras (Almécegas I e II, Santa Bárbara, Loquinhas, Catarata dos Couros, dos Cristais, São Bento e Poço Encantado), além das águas termais da Pousada Éden e Morro Vermelho (bons programas para o final de tarde).

Rio dos Couros visto do balão

Abaixo nosso roteiro:

Dia 03/11 - Saímos de Brasília por volta das 09 hs da manhã, chegamos ao hotel às 13 hs. Após o check in saímos para almoçar. Como era dia de semana, havia poucos restaurantes abertos, optamos por um bem simples à beira da rodovia, com comida goiana no fogão à lenha. À noite, preferimos ficar curtindo nossa pousada e admirando a paisagem na varanda com toda turma programando o dia seguinte. Levamos queijos, vinhos, cervejas e salaminhos para um final de dia mais relaxado. 

Preparativos para o voo

Dia 04/11 -  Ponto alto da viagem. Dia do Balão. Tivemos que alterar a data do balão devido a previsão de muita chuva no dia seguinte. O passeio só foi confirmado às 4 hs da manhã. Saímos da pousadas às 4:30 e nos reunimos com a equipe do balonismo para uma breve viagem rumo a São Jorge, local da subida do balão, perto do Morro da Baleia. O tempo de voo é de 45 minutos a uma hora (dependendo do vento), atingindo entre mil e dois mil metros de altitude. Os passeios acontecem durante o nascer do sol e o plano de voo é definido pouco antes do embarque, de acordo com as direções de vento no dia. A operação total dura cerca de três horas (das 5h30 às 8h30) e é encerrada com brindes de espumante. Entre julho e setembro, os programas são suspensos devido às condições climáticas desfavoráveis. No restante do ano, as saídas são diárias. Ao chegarmos no local, colocaram ventiladores e fogo para encher o balão. Fizemos um lindo voo, sobrevoando alguns pontos turísticos na região. Vendo o sol nascer. Tudo muito lindo. Ao descermos, fomos recepcionados pela equipe de solo, com um delicioso espumante e fizemos um brinde.O nosso voo foi agendado com a equipe do balonismonachapada.com.br e gostamos muito.

 Cachoeira Poço Encantado

Após o voo de balão, resolvemos ir conhecer algumas cachoeiras bem perto de Alto Paraíso. Primeiro, decidimos conhecer a Cachoeira Poço Encantado, localizada a 52 km de Alto Paraíso, rumo à cidade de  Cavalcante pela GO-118. O acesso é praticamente todo em estrada de asfalto. A partir da sede da propriedade, a trilha é bem fácil e não levou mais do que cinco minutos até chegarmos à cachoeira. Valor: R$ 40,00 por pessoa. 

 

Seguimos para a Cachoeira dos Cristais, localizada a apenas 8 km de Alto Paraíso. O caminho segue pela GO-118 rumo a Cavalcante por 5 km, onde há uma entrada à direita para a pista de terra que segue por mais 3 km até a sede da cachoeira. Valor: R$ 25,00, mas sênior não paga. Achamos o acesso difícil, principalmente para idosos ou crianças. Voltamos e fomos comer uma deliciosa pizza no La Vita es Bela Pizzaria, excelente.

Cachoeira Véu da Noiva

Vale da Lua

Dia 05/11 - Após o café, fomos conhecer São Jorge, distante 36 km de Alto Paraíso, paramos no Rancho do Waldomiro para degustar e comprar licores e pingas. Depois, seguimos para conhecer o Jardim de Maytrea. Só para fotos. Não tem acesso. Fomos, então, conhecer o famoso Vale da Lua. A trilha tem apenas 1200 m de trajeto. Ideal para quem não quer fazer muito esforço, mas não abre mão de um cenário maravilhoso e um bom banho de cachoeira. Estava fechado para banhos, devido as fortes chuvas que aconteceram durante toda a semana. Valor: R$ 30,00 por pessoa em dinheiro e meia entrada para sênior. Almoçamos no Restaurante da Nenzinha em São Jorge, restaurante tradicional e serve comida simples, um pouco caro. Para terminar o dia fomos visitar o Éden Águas Termais, a 14 Km de São Jorge, local simples com piscinas morninhas. Valor: R$ 25,00 por pessoa. Cansados, resolvemos ficar na Pousada e pedir pizza.

Cachoeira Pedras Bonitas

Dia 06/11 - Após o café da manhã, fomos visitar uma cachoeira chamada Pedras Bonitas, em Colinas do Sul, por indicação de um morador de São Jorge. O local tem uma boa estrutura, com restaurantes e banheiros, local para piquenique e uma praia. A trilha que leva às cachoeiras apesar de ser um pouco íngreme, é toda com escadas de madeira, cansativo, mas vale a pena. Apesar de o local ser bonito, é muito longe e só vale a pena se você tiver dias suficientes. À tarde,  fomos conhecer a Cachoeira Loquinhas, que se destaca pela trilha quase toda em palafita de madeira (o que facilita a locomoção de pessoas com dificuldade) e poços com águas bem transparentes, sendo um deles com água de nascente. O trajeto total conta com três trilhas — a Trilha Violeta, a Trilha Loquinhas e a Trilha Ruby — e pode ser feito calmamente com várias paradas para banho. No total, serão 2,2 km de caminhada. Valor: R$ 30 por pessoa, crianças não pagam. A noite: jantar no La Parrila (Av Ary Valadão, 212). Aberto das 18 às 23 hs.

Dia 07/11 -  Café da manhã e saída para Brasília.

Obs: todas as fotos são de autoria própria.

ROTEIRO PELA NOVA INGLATERRA DE CARRO

Fall Foliage

Essa viagem foi idealizada após um de nossos companheiros assistir um vídeo sobre essa parte dos Estados Unidos, chamada de Nova Inglaterra, e ficou bastante impressionado pela imensa beleza na época do outono, a Fall Foliage, como é conhecida. Por meio de alguns blogs de viagem fomos construindo uma programação que pudesse contemplar o máximo possível de cidades interessantes e paisagens deslumbrantes. A região da Nova Inglaterra nos EUA consiste em seis estados bem peculiares: Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont, facilmente acessíveis pela cidade de Boston. Mas importante: Para curtir o visual fantástico do Fall Foliage é interessante programar para ir no final de setembro até no máximo no final de outubro, porque após esse período há risco de grandes nevascas.

Planejamento: A primeira etapa do nosso planejamento consistiu em pesquisar blogs de viagens para escolher os lugares que visitaríamos. Consultando o site do Melhores Destinos conseguimos uma promoção de passagem para New York com Las Vegas, que seria nosso destino final para curtir a famosa SEMA, a maior feira de automóveis tunados do mundo.

Documentação: Passaporte com validade mínima de seis meses e visto americano válido. Fizemos, ainda, o seguro saúde, obrigatório para quem quer viajar mais tranquilo. 

Hospedagem: Após consultar opções de hospedagens nos sites fizemos as reservas dos hotéis nas cidades escolhidas para servirem de base para os passeios nos  diversos parques. Na escolha dos hotéis, privilegiamos informações sobre a segurança do local e escolhemos, preferencialmente, aqueles com café da manhã incluso, Wifi e estacionamentos grátis.

Transportes: Considerando o nosso roteiro, o aluguel de um carro é item obrigatório, no nosso caso, uma Van. Fizemos a reserva na empresa Hertz, devido não só ao bom preço, mas também à qualidade dos automóveis. Para evitar aborrecimentos, nós gostamos de fazer um seguro completo e levamos o nosso próprio GPS, porque as locadoras cobram muito caro pelo aluguel de um.

Clima: Visitando o site do Climatempo, verificamos que a  temperatura ficaria em torno de 03 a 15 graus, bem frio para nossos padrões brasileiros. Mas em algumas cidades as temperaturas poderiam ser abaixo de zero.

Moeda: A moeda corrente é o dólar americano. Cartões de crédito são aceitos em todos os lugares sem problema.

Cuidados necessários: o principal item é um tênis confortável e uma boa máquina fotográfica para garantir fotos imperdíveis. Além de muita disposição para caminhar e admirar as belas paisagens.

A seguir o relato de nossas aventuras:

 

Dia 01 - BRASIL/NEW YORK - Saímos de Brasília  em um voo da Gol com chegada prevista para 19:45 hs. Em seguida, seguimos para a área internacional de Guarulhos para voarmos para Nova Iorque pela American Airlines. Chegamos em Nova Iorque às 6:30 hs da manhã.

Vista do Hotel em Manchester/Vermont

Dia 02 - NEW YORK/MANCHESTER/VT (210 milhas ou 4 hs) - Após imigração, pegamos o carro e seguimos para nossa primeira parada: Manchester no estado de Vermont. Fizemos o check in no Palmer House Resort, excelente hotel, localizado na Main Street. Resolvemos ir conhecer o Manchester Design Outlet, porque não há cobrança de taxa sobre roupas, mas funciona só até as 19 hs.Na verdade, o outlet são apenas algumas lojas esparsas, mas nada excepcional, fomos apenas na GAP. Decidimos jantar no Union Underground, um pequeno restaurante aconchegante, estilo pub, serviço excelente , mas o preço nem tanto. Cansados fomos, finalmente, descansar.

Por do Sol em Waterfront Burlington/Vermont

Dia 03- MANCHESTER/VT a BURLINGTON/VT (146 milhas ou 2 hs e 56 min) - Fomos dar uma volta pela cidade e resolvemos visitar a Lincoln Family House, mas o preço nos assustou, tiramos apenas algumas fotos e seguimos para Burlington, passamos por estradas bem tranquilas mas com belíssimas paisagens para tirar fotos. Chegamos às 13 hs e fomos fazer nosso check in no Hotel La Quinta Inn e Suítes. Almoçamos ao lado do nosso hotel num excelente buffet chinês (cerca de 8 dólares por pessoa). Aproveitando a tarde ensolarada fomos passear em Waterfront,  um pequeno parque ao lado do LaKe Chamberlain. Infelizmente, não foi possível ver o famoso por do sol, porque o tempo mudou e começou a fazer muito frio. Seguimos para a Church Street, a algumas quadras dali. Local cheio de lojinhas e restaurantes. O difícil foi encontrar vaga para estacionar, todo local com máquinas que aceitam moedas. Havíamos decidido jantar por ali, mas o frio nos espantou e seguimos para o Restaurante Outback, a mesma rede que existe no Brasil, com excelentes cortes de carne e choppinho bem gelado.

Hotel Von Trapp Family em Stowe/Vermont

Dia 04 BURLINGTON/VT  Resolvemos ir conhecer a cidade de Stowe (36 milhas ou 45 min) uma estação de esqui bem pertinho. Paramos para conhecer o Hotel Von Trapp Family, famoso por ser o local que essa família de cantores escolheu para viver depois de fugir da I Guerra na Áustria.  Local realmente vale a visita, muito bonito. Em seguida, fomos visitar o Stowe Mountain Resort, uma estação de esqui, que nos rendeu excelentes fotos. Paramos para fotos na Gold Brook Covered Bridge construída em 1844, ponte coberta super charmosa, ótima para tirar boas fotos, local excelente para caminhadas. Outra parada obrigatória foi em Waterbury, na famosa fábrica de sorvetes Ben & Jerry´s, com direito a tour para conhecer o processo de fabricação (4 dólares por pessoa). O sorvete é delicioso. Resolvemos votar para Burlington e almoçamos no Supermercado Costco, sempre uma boa opção, bom e barato. No final do dia, jantamos no Restaurante Windjamer, localizado no Best Western Hotel, atendimento excelente, comida deliciosa, mas um pouco caro.

Route Kancamagus Highway

Dia 05 - BURLINGTON/VT / CONWAY/NH (136 milhas ou 2hs e 56 min) Após o café, finalmente, seguimos para Conway pela Route Kancamagus Highway ou 112, umas das mais bonitas da Nova Inglaterra. Paramos em Lincoln para almoçar num Restaurante Chinês a beira da estrada. Já em North Comway, fomos conhecer o Outlet Settler’s Green, já que não há taxa em New Hampshire, excelente com mais ou menos umas 70 lojas. Após algumas compras, seguimos para o Check in no Eastern Inn e Suítes, hotel bem pitoresco. Saímos para comprar ingressos para um passeio de trem que queríamos fazer no dia seguinte. Como estava muito frio, resolvemos comprar queijos e vinhos e ficar no Hotel mesmo.

Train Station em North Conway/NH

Dia 06 - CONWAY/NH - Fomos fazer um passeio pela Conway Railway Scenic (19 dólares por pessoa), cerca de 1 hora de passeio, mas foi decepcionante pois os locais visitados deixaram muito a desejar. Após o almoço, fomos conhecer o Mout Washington , mas infelizmente estava fechado devido a uma nevasca no dia anterior. Mudança de planos, fomos para o Walmart fazer umas comprinhas e escolher outro vinho, porque havia previsão de 4 graus negativos para essa noite.   

Dia 07 - CONWAY/NH / BAR HARBOR/MN (209 milhas ou 4 hs) - Seguimos para Bar Harbor. A viagem foi debaixo de muita chuva, fizemos uma pequena parada em Ellworth para almoçarmos e chegamos em Bar Harbor por volta de 15 horas. Fizemos o check in No The Inn on Mount Desert, excelentes acomodações. Essa cidade, sem dúvida, foi a mais bonita de toda a viagem. Após um pequeno passeio, resolvemos comprar no mercado local, Hannaford, uma pizza e queijos e vinhos, pois o frio e a chuva não permitiram sair para jantar. 

Acadia National Park Bar Harbor/Maine

Dia 08 - BAR HARBOR/MN  - Seguimos par visitar o Acadia National Park para fazer o Park Loop Road, uma estrada de 43km que corta boa parte do parque e que atrai multidões no verão. Linda estrada com paisagens de tirar o fôlego, com várias paradas para fotos. Fomos almoçar no Joes China, um chinês razoável. Verificamos que a cidade estava lotada de turistas e descobrimos que haviam ali 2 cruzeiros. Nos juntamos ao grupo e fomos visitar algumas lojas de lembrancinhas e roupas. Fomos ainda conhecer o Bar Harbor Head Light, um farol pequeno, distante 20 km da cidade. Não valeu a pena. Resolvemos ir visitar a Atlantic Brewing, bem perto do nosso hotel.  Adoramos. Ambiente agradável e atendimento excelente. 

Penobscot Narrows Bridge

Dia 09 - BAR HARBOR/MN /PORTLAND/MN (175 milhas ou 3 hs) Seguimos para Portland, passando pela Penobscot Narrows Bridge, a única ponte observatório dos EUA, sobre o Rio do mesmo nome, fica ao lado do Fort Knox State Park. Paramos par almoçar em Augusta no Restaurante do Sm´s Club, uma pizza família por 9 dólares, bom para quem está com  indicação no site de hoteis, deixou a desejar. Apesar do nosso quarto ser no 3 andar não havia elevadores, tivemos que contar com a boa vontade dos atendentes, o quarto não era suíte. O banheiro ficava em frente ao quarto, o que nos causou um certo desconforto. Solicitamos para trocar por outros quartos mais acessíveis, devido a recente cirurgia do meu marido, mas não fomos atendidos. Disseram que estava lotado. Saímos para dar uma volta e conhecer as redondezas e fomos jantar no Salvage BBB, um genuíno bar americano ao lado do hotel. Achamos apenas razoável, com cervejas artesanais um pouco caras.

 

 

Park Fort Williams em Portland/ME

Dia 10 - PORTLAND/ME -  Após o café, fomos conhecer a cidade, fomos ao Parque Two Lights que possui um farol com o mesmo nome. Depois, fomos ao Park Fort Williams, apesar do estacionamento ser pago, o local é muito bonito. Almoçamos no excelente restaurante The Great Wall of China localizado no Maine Mall, que possui TJ Maxx e Sears. Fomos passear em Old Port e conhecer a Victoria Mansion Museum, que estava fechado. Retornamos ao Hotel e fomos comer uma pizza no Pizza Villa, possui bons tira gostos e chopinhos. 

Dia 11- MANCHESTER/NH / BOSTON/MA - (52 milhas ou 1 h). Saímos sob forte chuva para Manchester em New Hampshire. Resolvemos passar no Manchester Mall pra comprar Iphone já que nesse estado não tem a cobrança de taxa. Aproveitamos para ir na Burlington, loja de roupas e calçadas que já conhecíamos anteriormente. Após algumas comprinhas, seguimos para Boston e fomos fazer o check in no Courtyard By Marriot, excelente custo benefício. Aproveitamos para lavar algumas roupas e jantamos por ali mesmo. 

Boston/Massachussetts

Dia 12 - BOSTON/MA - Tomamos café no Macdonald´s pertinho do hotel, e seguimos para fazer a Freedom Trail, trilha marcada por tijolinhos vermelhos por cerca de 4,5 Km, passando pelos principais pontos históricos. Paramos no estacionamento Common Garage, pagamos 28 dólares por 3 horas. Como estava um pouco frio, fizemos a trilha um pouco mais rápido e fomos a Chinatown para almoçar no Restaurante Rei LaMoon, um rodízio de comida chinesa, com atendimento em chinês, o que dificultou um pouco a comunicação. Após, seguimos para conhecer a Samuel Adams Brewery, que possui um tour para conhecer as instalações e degustação de algumas cervejas. Degustamos algumas cervejas, 15 dólares o sampler. Voltamos ao hotel e fomos jantar no excelente 100 Grill, adoramos. 

Início da Freedom Trail in Boston

Dia 13 - BOSTON/MA - Resolvemos ir conhecer o Merrimack Premium Outlet em New Hampshire e passamos o dia inteiro por lá. A noite, foi a vez de encontrarmos com minha sobrinha que mora em Boston já a alguns anos e fomos jantar no excelente Longhorn. Matamos a saudades e retornamos ao hotel.

Dia 14 - BOSTON/MA /NEWPORT/RI - Seguimos para Newport (78 milhas ou 2 hs). Fomos conhecer uma avenida beira mar chamada Ocean Road, um passeio cênico também conhecido por Ten Mile Drive e fizemos uma parte da Cliff Walk, um passeio que contorna grandes mansões a beira mar e percorre uma trilha de quase 6 quilômetros de extensão. Fomos ainda conhecer a Bowens Wharf, um interessante centro de compras num pier. Já a noite fomos fazer o check in no Tiverton Casino Hotel, fomos dormir cedo, pois teríamos que madrugar para ir para New York.

Dia 15 - NEWPORT/RI /NEW YORK (182 milhas ou 3:30 horas) Bem cedo seguimos para NY . Devolvemos o carro e seguimos para o aeroporto para pegar o voo para Las Vegas às 16  hs.