ARACAJU: VISTANDO OS CANYONS DO XINGÓ

O feriado de carnaval foi a desculpa perfeita para irmos visitar parentes queridos em Aracaju. A capital de Sergipe possui um ar de cidade do interior, feirinhas e mercados de artesanato dividem espaço com grandes shoppings. O principal programa noturno é caminhar pela Orla de Atalaia, aproveitar para comer uma tapioca, tomar sorvete e comprar lembrancinhas para familiares nas feiras de artesanato. As praias são tranquilas e no meio da semana ficam quase vazias, mas para os aventureiros de plantão há várias opções, como dunas, piscinas naturais e o indescritível Canyon do Xingó. Esse um dos motivos de nossa viagem, pois já conhecíamos a cidade, mas não tínhamos ido ainda ao Canyon, que é considerado uma maravilha da natureza.

Planejamento: Há vários blogs com informações sobre o local. Meu conselho é reservar uma semana para conhecer a cidade, um dia para fazer um city tour, outro para ir ao Canyon, um dia para ir à Croa do Goré e um para Mangue Seco. Há ainda várias outras opções de passeios. Como as passagens aéreas para a cidade não são muito baratas, vale pesquisar com uma certa antecedência. Nós conseguimos uma promoção de milhas pela empresa TAM.

Hidrelétrica de Xingó

Hospedagem: Como ficamos em casa de parentes este item não nos deu trabalho. Mas o ideal é escolher hotéis na Orla de Atalaia, porque fica perto de tudo, da praia, do calçadão, do oceanário e da feirinha de artesanato. Durante a noite, a Passarela do Caranguejo garante diversão para todos os gostos  e bolsos.

Transportes: Apesar de ser interessante o aluguel de um carro, não é essencial. Os preços de táxis e do Uber são bem em conta. Nos deslocamos basicamente de Uber para as praias e restaurantes, o que permite ficar tranquilo para tomar uns drinks.

Clima: De acordo com o Climatempo, o período chuvoso vai de março a agosto. Portanto, a melhor época para visitar Sergipe é entre outubro e fevereiro, quando os dias ficam mais ensolarados.

Compras: Em Aracaju, a feirinha de artesanato na Orla de Atalaia garante boas compras e lembrancinhas para a família. Se quiser variar um pouco, vá ao Shopping, que possui grandes lojas de departamento e uma variedade de restaurantes também.

Segurança: A cidade de Aracaju, de um modo geral, é tranquila, mas sempre é bom não andar em locais desertos e escuros. Fomos alertados sobre o risco de assaltos em alguns lugares mais desertos na praia. Não convém arriscar, evite andar sozinho ou a pé, desloque-se de táxi ou de Uber.

Cuidados necessários:  O protetor solar deve ser um companheiro inseparável, bem como um boné ou chapéu e óculos.

Passeio de barco no Paraíso do Talhado

Barracas de Praia visitadas: Assim como em outras praias nordestinas, as barracas são atrações à parte, possuem estrutura com mesas, sombrinhas, cadeiras de praia, uma variedade de bebidas e tira gostos. Na maioria delas não há cobrança pelo uso do espaço, paga-se apenas o que consumir. Existem umas mais badaladas com bangalôs como a Dunas Beach e a Parati. E as mais populares como a Paraíso dos Baixinhos e a Barraca do Nelsinho, essa última uma das nossas preferidas, com bom custo benefício. 

Principais Passeios:

Catamarã no Complexo turístico Karrancas

Formações rochosas do Canyon Xingó

Canion do Xingó: Considerado um dos principais passeios, os canyons do rio São Francisco estão em quinto lugar no ranking dos maiores canyons navegáveis do mundo e impressionam pela perfeição das rochas que parecem talhadas à mão. Durante o trajeto de 17 km pelo rio, podem ser observadas diversas formações rochosas que devido ao formato ganharam nomes interessantes, como a Ponta do Papagaio, a Pedra do Japonês e o Morro dos Macacos. O ponto alto do passeio, no entanto, é o Paraíso do Talhado, que possui as formações de cor alaranjada e medem cerca de 30 metros. Para completar, a água ganha tons bastante esverdeados, revelando um contraste muito bonito. Nesse ponto, o catamarã faz uma pausa de uma hora para os turistas mergulharem nas águas do rio São Francisco, em um cercadinho seguro. De lá, partem barquinhos (pelo preço de R$ 10 por pessoa) que levam os turistas até a Gruta do Talhado que é inacessível aos catamarãs. Os catamarãs partem diariamente no complexo turístico conhecido como Karrancas, onde funciona também um restaurante. Pode ser agendado no próprio complexo turístico ou em agências de turismo. Saindo de Aracaju há um bate e volta, que dura cerca de nove horas (três horas de estrada até Canindé de São Francisco, três horas de passeio e três horas de volta a Aracaju). O passeio, incluindo a parte terrestre e catamarã, sai aproximadamente R$ 150 por pessoa. O nosso foi agendado na Crystal Tour e foi excelente.

Catamarã no Rio Real

Croa do Goré: Os catamarãs partem da Orla do Pôr do Sol, no povoado Mosqueiro, e passeiam pelo rio Vaza Barris durante 40 minutos até chegar à Crôa do Goré, um banco de areia formado no meio do rio pelo movimento da maré. No banco de areia um barco serve bebidas e petiscos. O tempo de parada no local é de aproximadamente meia hora. Após essa parada, o catamarã segue por mais meia hora, passando perto de mangues, até chegar à Ilha dos Namorados, formada entre o rio Vaza Barris e o Oceano Atlântico. A ilha possui estrutura para servir petiscos e bebidas, além de oferecer mesas com guarda sol e atrações para crianças, como grandes boias infláveis. A parada na Ilha dos Namorados é mais longa, cerca de duas horas. Depois, o catamarã retorna à Orla do Pôr do Sol. O passeio é agendado por agências de turismo e custa, em média, R$ 85 por pessoa.

Mangue Seco

 

Mangue Seco: Cenário de filmes e novelas, a praia de Mangue Seco é também muito procurado pelos turistas. São cerca de 30 km de litoral de areia branca e fofa, alternando entre dunas, manguezais, restingas e fazendas de coqueiro. Um verdadeiro paraíso na divisa entre Sergipe e Bahia. As duas praias da região, Mangue Seco e Costa Azul, são rústicas e têm barracas com redes espalhadas pela areia. A vila, que se resume a igreja e algumas poucas ruas, tem restaurantes com comidas caseiras. O passeio saindo de Aracaju por meio de agências de turismo custa em média R$ 85 por pessoa, não incluso o valor do buggy, que deve ser tratado diretamente com os bugueiros. O buggy é o único meio de chegar a Mangue Seco e custa cerca de R$ 100 para até quatro pessoas  

Obs: as fotos utilizadas são de autoria própria.